quarta-feira, 27 de maio de 2009

Feridas abertas

Me vêm de novo a mente aquelas lembranças ruins ou desagradáveis, das minhas velhas feridas ou das feridas que ainda estão abertas. Elas não doem mas ainda sangram.
São como aneurismas cerebrais que dilatam minha artéria, lembrar de como essas feridas foram feitas é pedir para que a minha hemorragia avance. Não tenho forças para lutar contra essas lembranças e não tenho como me desfazer da dor.
É impossível me livrar de tudo isso; é impossível me esquecer pois quando estou pronta pra me livrar delas, arranjo nova ferida, novas escoriações; é difícil mas eu aprendi a conviver com isso. E a dor? ela é derrotada por um punhado de analgésicos. Pra mim já não é tão difícil me acostumei a ficar um pouco dopada durante dia e noite.

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