No começo tudo tinha cheiro de rosas e é claro que elas não tinham espinhos; sabia que não iria me machucar com elas e foi aí que adquiri confiança para mexer sem luvas e sem proteção alguma. Cada vez fui me envolvendo mais e mais com a plantação de flores que eu cultivava no meu quintal e foi apartir deste momento que entrei em risco -eu diria que corria um risco mortal-; mas eu não me dei conta disso. Estava ocupada o bastante com a perfeição daquelas rosas, que mesmo com o vento que batia nelas nunca conseguia derruba-las; me perguntava toda hora de onde elas tiravam tanta força para enfrentar o vento todos os dias sem descanso. Passava todo o meu tempo as observando ou estava até mesmo me apaixonando pelo jeito incrível que elas conseguiam desafiar o vento sem deixar que ele vencesse.Até que em uma tarde fria, tudo mudou! o cheiro bom das rosas já não era o mesmo, a cor vívida que encantava meu olhar todos os dias já não estava mais lá, não sabia o que fazer e nem pra onde correr; derrepente senti minhas pernas ficando fracas e o ar fugindo dos meus pulmões, mas não sabia porque sentia aquilo afinal só eram rosas mas de alguma forma elas significavam muito pra mim. Tinham vida, cor e cheiro -pra mim isso já era o bastante-.Independentemente do que tenha acontecido antes delas murcharem e morrerem -por causa das ervas daninhas que entraram no meu jardim-; e mesmo que eu ainda possa sentir o cheiro do fim; nada vai fazer mudar a imagem que eu tinha das rosas sendo puxadas pelo vento; elas ainda assim serão especiais pra mim.Queria eu ter a força das rosas
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