segunda-feira, 17 de maio de 2010

Asas cortadas, coração partido;

Essas lágrimas que caem dos meus olhos, tem células, fotografias, histórias e fragrâncias suas, exclusivamente suas. Teu cheiro e tua lembrança estão em mim, junto ao meu corpo, próximas ao peito e dentro da cabeça. Cada rosto passageiro vejo tua imagem que hoje magoa meus olhos e fere meu coração nunca devastado como desta vez. Quantas vezes vou permitir ir até o chão e conseguir resgatar forças para levantar e ir em frente? Eu preciso novamente de outro motivo maior ainda para viver, mas que não seja tão mortal assim.
Talvez o clímax do declive de tudo que eu participo seja eu mesma, talvez sejam meus sentimentos sempre a flor da pele, minhas ironias acentuadas, meus pesares intermináveis; entre outras coisas, quem segura a caneta quando é feito o ponto final sou eu mesma. E no meu semblante a partir de hoje você não verá quem eu tenho sido durante esses últimos dois meses, que passaram como se fossem anos, que voaram como se fossem pássaros, que sorriram como se fossem crianças.

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