quinta-feira, 1 de julho de 2010

Depois;

E meu peito foi invadido por uma onda de desespero junto com agonia, como o destino podia me pregar tantas surpresas no mesmo dia? como tudo podia acontecer tão certo no momento errado? as peças foram caindo num efeito cascata e eu só pude ficar de longe observando atentamente cada peça do quebra-cabeças chamado destino se montar sozinha. Num salto apenas, vi as pétalas, papeis picados e gotas de orvalho pousarem em meus cabelos e em meus ombros, sentia-me flutuando sobre uma nuvem que só estava de passagem por ali, talvez cada pedacinho da carta que rasguei noite passada tenha se juntado novamente, como se alguém tivesse desligado o play na hora em que eu esqueceria de tudo cortando em pequenos pedaços aquele papel cor-de-rosa. Meu mar não tem mais sal, minhas lágrimas não são mais quentes, meu coração bombeia apenas sentimentos irrelevantes. Escrevi no pergaminho, mas ao final de tudo a tinta da caneta tinha acabado e percebi que depois de tanto escrever as linhas permaneciam em branco.

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