sexta-feira, 23 de abril de 2010

Silêncio Absoluto;

E o silêncio que se seguiu durante quase uma hora foi realmente assustador, doloroso e de algum modo triste para ela, mesmo ela sabendo que por mais que quisesse gostar dele, por mais que tentasse de jeito algum não magoar aquele coração que tanto gostava dela; ela tinha o dom de sempre estragar o que era verdadeiramente bonito e real.
Pela primeira vez na vida tentou agarrar alguém e pedir desculpas, mas não pode, não conseguia olhar para aqueles olhos tristes e decepcionados, dos quais era muito acostumada a ver. Quando chegou na esquina que costumava se despedir dele, segurou aquela mão cerrada por ódio, abriu os lábios como quem diria algo e se afastou, pois tinha consciência de que se falasse algo algumas lágrimas inevitáveis cairiam dos seus olhos e por mais que tentasse tirar aquela máscara inquebrável de orgulho não conseguiu e viu ele dar as costas à ela, mas não com a intenção de machuca-la ou de dar o troco, mas sim para não olhar mais para aquele rosto que tanto amava e que realmente tinha o magoado e ele tinha certeza de que mesmo com tantas coisas que ela disse, ele não ia parar de ama-la em nenhum momento sequer.

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