quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cadê a prenda da felicidade?

O sol começa a emergir, acabando com o que outrora era escuridão. Meus pés tocam o chão, meus olhos estão abertos, meus cabelos penteados e minhas olheiras visíveis, ouço o que me dizem, mas não tenho nenhuma reacção. Estou presa no passado, mas é como se as lembranças e tudo que vivi ainda fossem como tinta fresca. Eu sinto falta de tudo e de todos como se tivessem retirado um dos meus pulmões. Não tenho limite agora, nem vida também, irei esperar o tempo falar por mim. Todos os meus planos, foram jogados pela janela sem dó nem piedade, todos os meus melhores sentimentos foram tirados à força, sem anestesia e não foi feito nenhum curativo. A dor que sinto é emocional, mas ás vezes dói tanto que parece ser física, que parece que estão novamente arrancando de mim tudo de bom que eu tenho. Perco tempo, desperdiço minha vida. É mais difícil do que eu imaginava conviver com a saudade. Eu respiro, mas não tenho vida. Eu oro, mas não tenho mais esperança. Eu quero, mas não luto. Eu sonho, mas acho que é desperdício. Cadê a guria que gritava felicidade, que suspirava harmonia e sorrisos sempre eram bem-vindos? Morreu talvez ou esteja escondida em algum lugar. 

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