sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um pouco mais longe de ti;

O vento soprou meus cabelos, eu sorri e mandei um beijo para o sol. Abri meus braços, separei-me de alguns abraços, mordi meu lábio e senti um grande alívio quando percebi que ninguém admirava minha reacção para com a actividade dos ventos sobre mim e as flores que eram carregadas por ele. Que magnitude é essa que dispersa minha alegria, que deixa meu espírito mais leve e afável? Não há segredo nenhum nisso, é apenas a natureza, é pureza também. É aquilo que falta em todo lugar que olho, é aquilo que falta em mim também, que tal um pouco de simplicidade e espontaneidade? ou quem sabe um pouquinho de sinceridade com mais um terço de simpatia? Sem ser arrogante peço licença para lhes perguntar, quantas vezes agradeceram por serem sobreviventes de um mundo que ninguém perdoa? Quantas vezes saíram só pra ver o sol nascer, nem que seja sozinho, sem nada a perder e muito a acrescentar? Quantas vezes tentou ser você mesmo, sem se preocupar? Talvez nenhuma, talvez alguma. Tanto faz, contanto que faça por você mesmo e por mais ninguém, além de se libertar do que te prende ao chão, ao mesmo tempo você pode estar enchendo os balões que te farão planar.

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